Ao menos 12 milhões de pessoas serão expostas ao calor intenso se a floresta Amazônica for destruída e virar uma savana.
Savana ou cerrado, como é chamada no Brasil, é um bioma de clima tropical, quente e úmido, com vegetação rasteira, arbustos, gramíneas e árvores esparsas.
O diagnóstico resulta da análise de pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Universidade de São Paulo.
Eles avaliaram os reflexos do desmatamento nas mudanças climáticas e concluíram que mais da metade das 20 milhões de pessoas que vivem na bacia amazônica seriam afetadas pelo excesso de calor até o ano 2100.
Os números são da população atual.
Além do estresse térmico, outros problemas poderiam comprometer a saúde, avaliam os cientistas.
As previsões levam em conta os dados do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, com uma previsão drástica de acréscimo de quase 5 até 8 graus Celsius na temperatura global.
Moradores da região norte estão entre os mais atingidos: somam 42% do total. É o grupo com maior vulnerabilidade social.
Os pesquisadores alertam que se o desmatamento não for freado e persistir o aquecimento global, não haverá chance de recomposição da floresta em 20 ou 30 anos.
É o ponto de não retorno, dizem, em que a floresta já foi tão devastada que já não consegue se recuperar.
Fonte: Rádio 2