O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA-15, considerado uma prévia da inflação oficial, acelerou em agosto.
A taxa passou de 0,72%, em julho, para 0,89% no oitavo mês do ano, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, que faz a medição. É o maior resultado para um mês de agosto desde 2002, quando atingiu 1%. Nos primeiros oito meses de 2021, o IPCA-15 acumula alta de 5,81% e, em 12 meses, de 9,30%, acima dos 8,59% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta de preços em agosto. Os maiores impactos vieram do grupo dos transportes, com aumento de 1,11%, e do grupo de alimentação e bebidas, que avançou 1,02%.
A única queda em agosto foi em saúde e cuidados pessoais: -0,29%.
Individualmente, os índices que mais pressionaram o indicador foram a energia elétrica e a gasolina. Sozinha, a energia elétrica, que aumentou 5%, respondeu sozinha por 0,23 ponto percentual no índice do mês.
Já a gasolina , com aumento de 2,05%, contribuiu com 0,12 ponto percentual do IPCA-15 de agosto. Pra compreensão ficar mais fácil: juntas, energia elétrica e a gasolina responderam por 0,35 ponto percentual da inflação do mês, mais de um mais de um terço do total no período
O IPCA-15 de agosto foi calculado com base em preços coletados entre 14 de junho e 13 de agosto e comparados aos que estavam vigentes de 15 de junho a 13 de julho.
O indicador, que se refere a famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos, apresentou variação positiva em todas as 16 regiões pesquisadas. O menor resultado foi apurado em Belo Horizonte: 0,40%, influenciado pela queda nos preços das passagens aéreas e da taxa de água e esgoto. Já a maior variação foi registrada em Goiânia, 1,34%. A capital de Goiás sentiu bastante as altas da gasolina e da energia elétrica.