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Síndrome da fragilidade atinge 9 entre 10 pacientes graves de Covid-19
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Publicado em 29/06/2021

A cada 10 pacientes idosos internados em Unidades de Terapia Intensiva por causa da Covid-19, nove ficam com síndrome de fragilidade após a alta. Os problemas se manifestam como fraqueza geral, perda de peso, exaustão e diminuição da força muscular. Entre os adultos com formas graves da doença, a síndrome atinge cerca de 88 POR CENTO até um mês após a internação.

Além dos sinais físicos, os sintomas também se manifestam em quadros de depressão, ansiedade ou limitações motoras e cognitivas – alterações referentes à memória, percepção ou juízo. Os dados são do estudo com 150 pacientes internados feitos pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

O coordenador da pesquisa, pós-Doutor em Neurologia e Neurociência, José Eduardo Pompeu, explica que não se sabe se as sequelas são efeitos neurológicos causados pelo Sars-Cov-2 ou estão associadas ao tratamento intensivo da doença.

Para o especialista, é uma somatória de todo o quadro, principalmente pelo longo período de ventilação mecânica e intubação exigidos pela Covid-19, mas também são sintomas que atingem pacientes de outras doenças que permanecem em UTIs. As reações são mais comuns em idosos, embora atinjam também adultos contaminados.

Há relatos de casos com permanência dos sintomas como fraqueza, dificuldade de realizar tarefas do cotidiano, como tomar banho. A respiração também fica comprometida, além de sensação de falta de mobilidade nos braços e pernas. E a memória é bastante afetada, conforme contam ao Estadão pacientes que se recuperaram da Covid.

Entre os pesquisados, 30 POR CENTO tiveram sintomas de depressão e ansiedade, provocados pelo medo de adoecer novamente.

 

Fonte: Rádio 2

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