Representante da Organização das Nações Unidas mencionou o Brasil ao clamar por justiça para crimes de genocídio. Wairimu Nderitu, assessora do secretário-geral da ONU para a prevenção do genocídio, afirmou estar preocupada com povos indígenas nas Américas.
Disse que está particularmente preocupada com povos indígenas no Brasil, Equador e outros países e pediu aos governos para proteger comunidades em risco e garantir justiça para crimes cometidos. A declaração ocorreu numa reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU na segunda-feira. Foi a primeira vez que o país foi referenciado nominalmente pelo organismo internacional na questão do genocídio.
O Brasil já foi denunciado no Tribunal Penal Internacional por entidades como a Comissão Arns e lideranças como o cacique Raoni. O ex-porta voz da nação caiapó denunciou o presidente Bolsonaro no Tribunal de Haia em janeiro deste ano.
Na citação, elencou recordes de desmatamento de florestas e de assassinato de lideranças indígenas em 2019. As declarações da representante da ONU foram vistas com preocupação por diplomatas brasileiros, já que coloca o país no foco internacional.
Para ativistas em defesa de minorias, o Brasil recebeu um alerta de um órgão especializado da ONU sobre genocídio e fica exposto à responsabilização internacional.
Fonte: Rádio 2