Pandemia eleva o número de mães preocupadas em proteger a saúde do bebê e de outras crianças. No primeiro semestre, a quantidade de mulheres que procurou o Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo para receber informações sobre amamentação cresceu 93 por cento, na comparação com o mesmo período de 2019.
E boa parte delas tinha interesse nos procedimentos para doar leite materno a outros bebês. A enfermeira do Banco de Leite Humano do hospital, Adriana Moreira da Silva, diz que o volume surpreendeu, pois a expectativa era que as doações caíssem com a necessidade de isolamento social.
Ela acredita que a conscientização sobre o tema fez o sentimento de solidariedade prevalecer. O leite materno é considerado o alimento mais completo para o bebê e deve ser ofertado exclusivamente até o sexto mês de vida, pois auxilia no desenvolvimento e na aquisição de anticorpos, explica a enfermeira.
Para mãe, o aleitamento ajuda na recuperação pós-parto, no restabelecimento do peso adequado e diminui o risco de desenvolvimento de doenças como câncer de mama e ovário. No Banco de Leite Humano do Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo, a doadora entra em contato por telefone e uma equipe do hospital vai até a residência dela para explicar os procedimentos.
Os requisitos para doar são que a mulher em fase de amamentação tenha boa saúde e não utilize medicamentos contraindicados para essa fase.