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Julho Amarelo: 1 milhão de brasileiros não sabem que têm hepatite; exame utiliza uma gota de sangue
02/07/2021 09:31 em Entrevista

Com o tema: “Não vamos deixar ninguém para trás”, a campanha alerta que cerca de um milhão de brasileiros são portadores dessas doenças e não sabem. Os casos de hepatite colocam o Brasil no segundo lugar do mundo entre os países que mais realizam transplantes de fígado, com cerca de dois mil procedimentos por ano, atrás apenas dos Estados Unidos.  

O hepatologista Paulo Lisboa Bittencourt, presidente do Instituto Brasileiro do Fígado, explica que as mais frequentes são a B e a C, que geralmente avançam de forma silenciosa:  

Sonora

(As hepatites B e C são a principal causa atualmente no Brasil, de cirrose e câncer de fígado. A hepatite B, ela é causada pelo vírus B, que e um vírus que é transmitido principalmente por via sexual e por via vertical, da mãe para o bebê. É um vírus que ele pode ser, na verdade, prevenida a sua infecção por vacina, e a vacina para o vírus B já está disponível no calendário nacional de vacinação. Pessoas que adquiriram a hepatite C, adquiriram o vírus através de compartilhamento de objetos perferocortantes, como tatuagens, piercing, uso de alicates, tesouras, em manicure e pedicure, uso de seringas e agulhas não descartáveis.) O médico lembra que décadas atrás as seringas não eram descartáveis como hoje. Ele diz quais são os grupos com maior chance de ter hepatite C e que devem fazer a testagem pelo menos uma vez na vida:  

Sonora

(São aqueles indivíduos com idade superior a 40 anos, principalmente aqueles residentes em grandes centros urbanos. A doença, ela é mais frequente nas classes C, D e E, e em alguns grupos de indivíduos, por exemplo, aquelas pessoas privadas de liberdade e as pessoas em situação de rua. A hepatite C, ela é uma doença que tem cura, os remédios são remédios orais, com poucos efeitos colaterais, que são dados por um tempo finito, geralmente três meses, que levam à cura biológica em cerca de 95% dos casos.)  

Já a hepatite B não tem cura, a prevenção é somente com a vacina, mas a doença pode ser controlada com medicamentos também fornecidos pelo SUS.

O hepatologista Paulo Lisboa Bittencourt lembra que o teste é de graça e basta apenas uma picada na ponta do dedo, para que o sangue seja analisado:

Sonora

(A grande questão é que a pandemia da Covid-19 desarticulou muitos pontos de testagem. Se você quiser fazer o teste, não amarele, ligue para 0800-882-8222 ou acesse www.tudosobrefigado.com.br, ou siga o Tudo sobre Fígado nas mídias sociais. Esse número, que pode ser acessado por telefone ou whatsapp, vai indicar o ponto mais próximo da sua residência, de testagem gratuita, para as hepatites B e C, ativos durante a pandemia da Covid-19.) 

O Brasil assumiu junto à Organização Mundial da Saúde a meta de eliminar as hepatites virais até 2030. O objetivo é reduzir a mortalidade em 65 por cento e o número de casos novos em 90 por cento, nos próximos nove anos.

Fonte: Rádio 2

 

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